segunda-feira, 29 de julho de 2013

Software auxilia alfabetização de crianças com deficiência intelectual


O software Participar, que auxilia na alfabetização de crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual, está disponível nas 650 escolas públicas do Distrito Federal e em todos os Estados do País. A tecnologia foi desenvolvida por pesquisadores da UnB (Universidade de Brasília) e tem sido aprovada pelos professores que utilizam o sistema.
“Foi o Participar que ajudou a minha filha a evoluir bastante”, garante Rosineide Santana de Araújo, mãe de Letícia. A menina de oito anos de idade começou a usar o software há menos de seis meses e já apresenta progresso em seu desenvolvimento cognitivo. “Este ano ela deu um salto grande quanto à socialização”, destaca a professora Ângela Vasconcelos, que atua na sala de leitura do Centro de Ensino 35 de Ceilândia.

Estudante do DF realiza atividade do software Participar

Letícia foi diagnosticada com deficiência intelectual e, desde muito pequena, apresenta dificuldades para a comunicação. No início do ano, a professora Silvana Souza, da sala de recursos do colégio, apresentou o software Participar para a mãe da menina. Rosineide aprovou a utilização da tecnologia na escola e levou o projeto para casa. “Letícia gosta muito. Se deixar ela assiste todo dia”, conta a mãe.
“Antes ela representava as palavras com desenhos”, afirma Silvana. Após os exercícios com o Participar, Letícia entende que para escrever é necessário utilizar letras e que as palavras tem grafias diferentes. “Ela já está partindo para o nível da escrita”, garante a professora. Silvana acredita que a evolução da menina não é resultado apenas da utilização constante do software, mas também da determinação da mãe da criança, que incentiva o processo de aprendizado. “Eu lutei muito pela minha filha”, conta Rosineide. 
Desde o início do ano, o programa tem sido utilizado na sala de recursos do Centro de Ensino 35 da Ceilândia.  A escola atende 18 estudantes com deficiência intelectual, com idade entre 8 e 15 anos. “O software abrange todos os níveis de escrita e todas as dificuldades”, informa a professora Silvana. A iniciativa que deu certo no Brasil agora será exportada para outro continente. “A Divisão Educacional do Ministério das Relações Exteriores está intermediando as negociações pra que o software seja implantado em escolas de países africanos de língua portuguesa”, conta Wilson Veneziano, coordenador do projeto.

O programa


O Participar é um software multimídia criado para colaborar no desempenho de crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual em fase de alfabetização. O programa apresenta as letras do alfabeto, o som de cada uma delas e exemplos de objetos em que são utilizadas, além de 600 vídeos produzidos pela UnBTV. Também é possível acessar uma série de exercícios, que são apresentados por dois jovens com Síndrome de Down, e ainda um bate-papo simulado.
O projeto teve início com o trabalho de conclusão de curso de Tiago Galvão e Renato Domingues, alunos da Ciência da Computação da UnB, sob a supervisão do professor Wilson Veneziano. O programa fez tanto sucesso que já há previsão de nova versão. “No segundo semestre, lançaremos a versão ampliada do Participar com novas funcionalidades e lições com base em sugestões dos professores usuários”, conta Wilson Veneziano.
A equipe continua trabalhando para o desenvolvimento de softwares educacionais. Entre os novos programas estão um direcionado a educandos autistas e outro que atua no ramo da matemática social, “com contribuições para a utilização de dinheiro, leitor de relógio e identificação do número da linha do ônibus”, exemplifica Veneziano.
Para o desenvolvimento dos projetos, a equipe conta com o auxílio da orientadora educacional Maraísa Borges. Ela é especializada em alfabetização de deficientes intelectuais e trabalha na Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.
Interessados em adquirir o software Participar devem enviar pedido para o email: projetoparticipar@gmail.com

Fonte: educacao.uol.com.br

terça-feira, 23 de julho de 2013

Socialização, educação para o trânsito e meio ambiente no curta “A Ilha”



A nossa dica de hoje envolvendo a interação das mídias com a sala de aula é o filme de animação premiado em diversos festivais "A ILHA". Uma ferramenta de ensino muito proveitosa para professores dos anos iniciais, preocupados em debater sobre temas atuais, sem deixar de manter os alunos focados na aula.



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As relações sociais que permeiam nosso dia a dia, o trânsito das grandes cidades e a questão ambiental abordados de uma só vez e de uma maneira divertida e crítica...Impossível de acontecer? Certamente que não!!!Essa é a proposta do filme de animação em 3D “A Ilha”.

Com roteiro e direção de Alê Camargo, e produção da Ozi Escola de Audiovisual de Brasília, o filme conta a história de Edu, um rapaz que fica ilhado em uma grande metrópole. O filme aborda de maneira bem humorada os problemas e dificuldades de se viver em uma cidade grande, na qual as aparências enganam e o simples ato de se atrever a atravessar uma rua pode ser um problema. Somos levados a refletir sobre: nossas relações sociais, o respeito pelo direito alheio, o empedramento das cidades e a redução das chamadas “áreas verdes”, o caos provocado pelo número cada vez mais crescente de automóveis nas ruas, dentre outros assuntos.

Dica: Antes de exibir o filme, direcionar o olhar dos alunos para as questões que serão debatidas. Por exemplo:

-Observar as relações entre as pessoas no filme; 
· Reparar no arranjo e visual da cidade; 
· Identificar as semelhanças entre o trânsito retratado e o que os alunos conhecem no cotidiano; 
· Observar a passagem de tempo e de que maneira ela se dá durante o filme.

É importante ressaltar a contribuição que a utilização de filmes em sala de aula pode trazer para o processo de aprendizagem dos alunos, uma vez que os mesmos acabam por encarar esse tipo de aula como um momento de lazer e, ao mesmo tempo, conseguem refletir sobre temas importantes.

Ficha técnica
Título: A ilha
Diretor: Alê Camargo
Duração: 8 min e 44 seg.
Ano: 2008
Cidade: Brasília UF(s): DF/ País: Brasil
Gênero: Animação
Subgênero: Comédia


terça-feira, 9 de julho de 2013

Intrumentos de Apoio para o Professor: Rádio.

O rádio como um instrumento de alfabetização


Orientada Maria Benedita (direita), orientadora Josete Zimmer
(esquerda) e no Skype a avaliadora Lenira Silveira


A pesquisa teve como objetivo investigar o rádio como um instrumento de apoio ao professor no processo de alfabetização de alunos do segundo ano do Ensino Fundamental de duas escolas municipais da cidade de Tabatinga, interior de São Paulo.

O estudo baseou-se em autores que tratam da Educomunicação, da alfabetização e do trabalho com o rádio na sala de aula, pois o interesse maior da pesquisa era que esta contribuísse tanto para a prática docente dessa autora que vos escreve como também para a prática dos professores que participaram da pesquisa de campo.

Após, portanto, a análise do trabalho num todo e dos resultados da pesquisa de campo, pode-se observar a necessidade de capacitar os professores, desde sua formação inicial, para inserir em seu trabalho cotidiano o uso de tecnológicas, pois estes demonstraram grande dificuldade em inserir o rádio (mídia de fácil acesso) em suas aulas como um instrumento de ensino- aprendizagem, voltado à alfabetização.

As principais dificuldades enfrentadas foram em relação a adquirir uma postura de estudante autônomo que os cursos à distância exigem, bem como administrar o tempo de estudo com a minha profissão docente. Por outro lado, foi difícil o enfrentamento do novo, pois tive medo, pensava que não iria conseguir elaborar, concluir e defender uma pesquisa científica. Igualmente difícil foi transformar um projeto em monografia, tecendo um texto coerente segundo bons escritores. Surgiram também dificuldades quanto à pesquisa de campo, pois os professores convidados para responder o questionário demonstraram receio em fazê-lo ou não entregaram o mesmo respondido.

Sem dúvida, participar do curso Mídias na Educação contribuiu muito para minha própria prática docente, ampliando meus conhecimentos em relação ao uso das tecnologias no contexto escolar, tornando as aulas mais agradáveis e atrativas aos alunos.

Quanto à feitura da monografia, aprendi muito sobre como ser um professor pesquisador que questiona a realidade da educação, e, principalmente, como seguir uma linha de estudo coerente, visando transformar a realidade dos alunos.

É muito importante realizar uma monografia para qualquer profissional, pois este amplia seus conhecimentos, se atualiza, e consequentemente melhora sua prática. Ao mesmo tempo, é importante valorizar o curso oferecido pelo MEC sob a coordenação do NCE/USP, cumprindo os prazos e sempre dialogando com o orientador, sobretudo, quanto às dúvidas no decorrer da monografia.

Por fim, recomendo que aproveitem ao máximo o convívio com os profissionais do curso, mestres e doutores, que contribuem com suas ideias para a melhoria do trabalho na escola, e na busca de novas estratégias de atuação para a realidade em que estamos inseridos.


Fonte: Blog do Mídias na Educação (http://blog.midiaseducacao.com/2013/07/midias-na-educacao-relatos-de-pesquisa.html)